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segunda-feira, 13 de abril de 2009

Rompimento de barragens em Altamira

A população Altamirense viveu um dos piores dias de sua história ontem, quando o rompimento de barragens inundou a parte baixa da cidade. Desespero, correria e muita tristeza de quem viu tudo acabar em menos de uma hora. As pessoas tentavam salvar como podiam os móveis, os animais e a própria vida. A força da água levou pontes, casas e destruiu comércios. Na estrada do aeroporto uma cratera foi formada depois que o asfalto cedeu. Vários órgãos de segurança foram mobilizados. Fenômeno natural ou teimosia do homem que insiste em barrar o curso natural da água sem se preocupar com as consequências dessas atitudes.

O desespero tomou conta dos moradores de Altamira ontem quando a água de uma barragem estourou invadiu a cidade em menos de uma hora as pessoas perderam tudo. Foi um dos dias mais difíceis que o município já viveu.

Na rua Manoel Umbuzeiro às 10:00 h da manhã de domingo os moradores tiravam das residências invadidas pela água tudo que podiam e do jeito que dava. Pessoas choravam por que perderam tudo.

O caos se instalou na cidade vários pontos ficaram debaixo d’agua. No bairro Sudam I, na rua dos Operários foi preciso nadar para sair de dentro da casa. Pessoas tiveram que ser contidas por que queriam buscar por parentes em meio a enchente. Barcos eram utilizados para retirada do móveis.
A avenida Perimetral também foi tomada pela água. No final da Djalma Dutra com Comandante Castilho o desespero foi total devido a quantidade de água nas casas, Altamira era o caos. Esta situação fazia o pessoal lembrar na possibilidade da construção da barragem de Belo Monte que caso fosse construída traria um caos pior ainda, pois o Rio Xingu estaria mais cheio que atualmente.
Na estrada do aeroporto o mato amassado mostrava por onde a água havia passado o asfalto cedeu e abriu uma cratera de cerca de 10 metros de largura deixando a estrada interditada. O trânsito ficou complicado em toda a cidade. Era impressionante o volume de água que descia dos igarapés para o Rio Xingu. O grupamento a Defesa Civil não parava de receber chamadas de pedidos de ajuda.
Propriedades que ficam no mesmo nível do Igarapé Altamira foram inundadas. Casas foram arrastadas pela correnteza. A ponte do igarapé Ambé não suportou a força da natureza e cedeu. No bairro açaizal as famílias através de embarcações tentavam salvar os poucos objetos que ainda restavam.
No centro da cidade o caos do trânsito, pontos de alagamentos, deram um grande trabalho para os órgãos de trânsito controlar a angústia dos altamirenses. O desespero era visível inúmeras pessoas ocuparam as vias da cidade umas procurando ajuda, outras querendo ir para casa.
Crianças eram resgatadas pelos militares. Gente passava mal,Os estabelecimentos comerciais foram tomados pela água. A autônoma Lucinéia Nascimento contabilizou os prejuízos mais de 30 mil reais.
A prefeitura do município afirmou que o atendimento a população está sendo realizado.
Com a enchente os alojamentos se dividiam, na Igreja Perpetuo Socorro inúmeras pessoas vítimas do desastre ambiental ocupavam o local. O bispo da Prelazia do Xingu lamentou a catástrofe e demonstrou preocupação com a construção de mais barragens na região.

De acordo com a defesa civil dos dados referentes ao ano de 2006 das cerca de 60 barragens construídas em torno de Altamira e região cerca de 9 romperam, causando o alagamento da cidade.

Ainda à noite a Av. Tancredo Neves que da acesso ao aeroporto da cidade estava interditada o bueiro que escoava a água no local foi carregado pela enxurrada. Quem precisou viajar teve que enfrentar o medo e seguir caminho em cima de uma passarela. No trecho da Av Djalma Dutra e Av.João Coelho os moradores tiveram que enfrentar a enchente na escuro, eles estavam sem energia. Segundo a Defesa Civil da cidade, mais de 90 famílias estão abrigadas em alojamentos ou em casa de familiares e só poderão retornar às suas casas assim que as águas baixarem.
Na manhã do dia 12, (Hoje) o caos em Altamira continuou. Quem precisou sair de casa para trabalhar teve dificuldades para chegar a seus locais de destino. O trânsito ficou congestionado até à noite.
Uma multidão se aglomerou hoje cedo na avenida Perimetral na tentativa de atravessar o trecho da ponte sobre o igarapé Altamira, que continuava inundado.
Na cidade o registro da destruição muita tristeza dos comerciantes frente ao prejuízo do estabelecimento. Com a enxurrada, todas as pontes que ligam o centro da cidade aos bairros mais distantes, foram destruídas ou danificadas. O único acesso ainda era a ponte da Perimetral. Ali o movimento era intenso. Veículos, ciclistas e pedestres disputavam o espaço. Filas enormes de veículos se formaram, resultando num caos no trânsito. O volume de água ainda era intenso. Demutran, Detran e Policia Rodoviária Federal tentavam organizar o trânsito e garantir a segurança na via. Moradores ainda tentavam resgatar parte de seus objetos, resultado de uma tragédia que vai ficar na história de Altamira.